Boas ideias!

Com o crescimento da economia colaborativa, o mundo todo começa a refletir sobre os prós e contras do consumo desenfreado e sobre os efeitos colaterais que ele provoca nas pessoas. As campanhas de marketing preocupam-se com metas de vendas e não com o efeito que aquela determinada aquisição vai desencadear em cada um. Angústia, ansiedade, falta de espaço….Bom, isso não é problema de quem vendeu, mas de quem comprou!

O novo mantra é “posse, em última instância”.

Dois exemplos interessantes (o primeiro divulgado no “Shareable”) mostram como em diversas partes do globo as pessoas estão propondo soluções que podemos replicar em nossos países.

– Em Paris, designers da Ecole National Superieure des Arts Décoratives desenvolveram o Logement Intergénérations ou algo como Alojamento Intergeracional. A ideia é criar uma forma de unir estudantes que não possuem recursos financeiros suficientes para alugar um apartamento na cidade grande e pessoas de idade que moram sozinhas.

O processo de criação dessa dupla requer um entendimento de que suas expectativas e hábitos individuais sejam compatíveis. O time de designers elaborou cartões que propõem graficamente questões importantes, como: níveis de arrumação, fumo, presença de convidados, aniversários, feriados etc.

É claro que muitos outros fatores precisam ser levados em consideração, mas a proposta de organizar os espaços urbanos através de relações humanas é um excelente caminho.

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– Um outro exemplo muito bacana é o da empresa Sidecar. Ainda não existe no Brasil, mas trata-se, resumidamente, de um aplicativo para smartphones “facilitador” da carona, conectando pessoas que seguiriam o mesmo itinerário de carro.

Por questões de segurança, a empresa checa todos os motoristas antes da finalização do cadastro. Além disso, o sistema permite que o usuário pontue e compartilhe detalhes da corrida em tempo real. Tudo isso monitorado por GPS.

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Quem está movimentando a “Economia Colaborativa”?

We’re moving from a world where we’re organized around ownership to one organized around access to assets. Lisa Gansky

Para quem quiser conhecer e acompanhar o trabalho de organizações que promovem a “sharing economy” pelo mudo, recomendo pesquisar sobre a OuiShare, The People Who Share, Shareable e Peers.

Tive a oportunidade de conhecer o time dessa última, Peers, no pequeno evento pré-lançamento que eles fizeram em San Francisco, junto com o AirBnB.

Trata-se de uma organização “grassroots” que tem por objetivo desenvolver, dar suporte e fomentar a economia colaborativa no mundo. Nesse primeiro encontro, fundadores e colaboradores de empresas como SideCar, Farmigo, Yerdle, AirBnB, Zaarly e BoBAGS apresentaram sugestões para a estratégia de promoção do Peers. Além disso, ideias foram trocadas e formatos de parceria entre os negócios foram discutidos. Sempre tendo a economia colaborativa como pano de fundo e pensando como podemos adicionar mais valor as nossas vidas e aos nossos processos através das trocas.

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O vídeo de divulgação da primeira campanha do Peers foi exibido nesse encontro. Você já pode conferir clicando no link abaixo.

http://www.youtube.com/watch?v=UzdSKHA-FvI#action=share

Em breve falarei mais sobre essas organizações (especialmente a Peers), o que estão fazendo localmente e globalmente e como podemos participar.

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Startup Communities

“Startup Communities” foi um dos livros recomendados pelo professor John Kerry para o workshop “Incubate your Startup” da escola de Continuing Studies de Stanford, que fiz na semana passada. Falarei sobre outros dois livros, “The Silicon Valley Way” e “The Launch Pad”, em outros posts.

O interessante do “Startup Communities” é que aprendemos sobre a criação de um ecossistema de empreendedorismo a partir de relatos de um caso real do “hub” de Boulder, Colorado. A cidade, com menos de 100.000 habitantes, possui uma das maiores densidades empreendedoriais do mundo. O autor, Brad Feld, define densidade empreendorial como = (quantidade de empreendedores + quantidade de pessoas trabalhando em startups) / população adulta. O próprio autor foi um dos provocadores dessa história, provando de fato que você não precisa se mudar para o Vale do Silício para lançar o seu negócio e que o movimento de criação de centros de empreendedorismo precisa ser liderado pelos próprios empreendedores. Ninguém, além deles, poderá liderar a criação de um hub.

Governo? Aceleradoras? Investidores? Universidades?

Todos esses agentes, historicamente, tentam ser os líderes do desenvolvimento da sua comunidade local de startups. Eles são importantíssimos, mas como alimentadores da cadeia, não líderes dela. Isso porque cada um desses participantes possui sua agenda particular: eleições de 4 em 4 anos, concorrências, leis, motivações individuais etc. Além disso, as economias giram em ciclos: crescem, atingem o seu pico, declinam, ressurgem, crescem, pico, declínio….Portanto, os interesses mudam. A visão dos empreendedores precisa ser de longo prazo e isso significa que aqueles que persistirem passarão por alguns ciclos – moderados e severos, inclusive – durante a existência de sua empresa.

O que é necessário para a criação de uma “Startup Community”?

1) A concentração geográfica de Startups permite uma melhor economia de escala, ou seja, empresas que compartilham uma área comum dividem os custos de recursos externos como infraestrutura e advogados. O “efeito de rede” ocorre em sistemas onde a adição de um membro agrega valor para os usuários existentes. Uma área com 10 bons programadores é um bom banco de talentos para uma startup. No entanto, 1.000 bons programadores adicionais na mesma área, compartilhando as melhores práticas, inspirando outros ou iniciando novas startups é ainda mais fantástico. Portanto, economias de escala externas melhoram certos custos; enquanto, os “efeitos de rede” valorizam o espaço onde as startups estão inseridas.

2) O segundo ponto tem a ver com as “redes horizontais”. Um exemplo maravilhoso é a cultura do Vale do Silício que abraçou a troca de informação horizontal entre empresas e a mobilidade de mão de obra. Como a tecnologia em constante mudança, as empresas do Vale estão melhores posicionadas para se adaptarem a novas tendências.

3) Por último, e para mim, a melhor explicação vem da geografia e da ligação entre inovação e indivíduos da “classe-criativa”. A classe criativa é composta por empreendedores, engenheiros, professores e artistas que criam “novas formas com significado e valor”. São pessoas que querem viver em lugares agradáveis, que apreciam uma cultura com tolerância para novas ideias e também para o esquisito e bizarro e, principalmente, que querem ficar perto de outros indivíduos criativos.

Um conceito interessante que o livro reforça é o de que não existe um líder entre os líderes, ou seja, nenhuma startup ou empreendedor lidera o movimento. Quanto mais solta e ampla for essa rede de pessoas e empresas, melhor. Nada de votos, hierarquias ou títulos. Todos são bem-vindos!

Startup Communities

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Fazendo a limpa no armário!

Ok. Já usamos, ouvimos falar ou até mesmo somos habitués de sites que vendem peças de luxo de segunda mão. Tenho até usado alguns mais bacaninhas como o Vaunte e o The Real Real.

A minha única crítica era a ausência de espaço para marcas como J.Crew, Banana Republic, BCBG, Theory etc. É sempre mais difícil achar um lugar que trabalhe bem marcas que não são consideradas “luxo”, mas também não se enquadram nas categorias mais populares.

Por isso achei tão legal (e corajosa!) a proposta da start-up local TWICE. Fundado pelos ex-Googlers Noah Ready-Campbell e Calvin Young, o serviço deu um upgrade no tradicional processo de brechós e afins e, com isso, consegue dar conta de um volume grande de peças de valores mais acessíveis, mas não menos interessantes.

Funciona assim: você solicita uma sacola de compras pré-paga para enviar suas peças, as ofertas são feitas via e-mail e pagas eletronicamente. Uma calça J.Crew vale de USD 7,00 a 14,00. O que sobrar vai para caridade. A comunicação é bem direta e a empresa escreve com todas as palavras que não aceita H&M, Forever21, Wallmart, Hollister…Enfim, é para ninguém perder o seu tão precioso tempo.

Ah, tem um detalhe. Se você não concordar com a oferta que eles fizerem para pelo menos um dos itens, tem que pagar cinco dólares para eles enviarem tudo de volta. Ou seja, não tem muita negociação. É pegar ou largar!

Twice

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A Arte do Uso

Compartilho aqui uma iniciativa bem bacana do Projeto “Local Wisdom”, que explora o que eles chamam de “craft of use” ou algo como a “arte do uso”.

A criação “um vestido, três gerações” acompanha e expõe visualmente (e de forma muito simpática) histórias de pessoas que compartilham roupas. O trabalho que inclui fotografias e histórias.

a arte do uso

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A Patagônia quer suas roupas usadas!

Como fazer compras minimizando o impacto ambiental (e no nosso bolso!)? Interessante programa de trocas da Patagonia: os clientes levam as roupas da marca que não usam mais e trocam por crédito. O conceito é “reduce, repair, reuse, recycle”. Legal!

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