Monthly Archives: August 2013

Para quem trabalha remotamente…

Descobri recentemente um serviço muito interessante para quem trabalha remotamente como eu: o oDesk. Cuidado pois é viciante! Trata-se de uma plataforma de serviços muito eficiente focada, principalmente, em jobs de programação, design e tradução.

Resolvi testar pois precisava de um banner com muita urgência e, para a minha surpresa, assim que postei recebi algumas ofertas. Em paralelo, naveguei pelo site para tentar encontrar perfis interessantes. Na medida que esses perfis vão aparecendo, você pode sugerir que os profissionais se candidatem à vaga postada. Para um trabalho específico, contratei um webdesigner uruguaio com experiência mediana e com perfil parecido com o que eu estava buscando. Para outros jobs contratei uma indiana, uma americana e já até já recontratei o uruguaio.

Pagamento: cada freelancer apresenta o valor que cobra por hora (em USD) no próprio perfil e você, ao fechar o contrato, pode colocar um limite de horas semanais que o contratado pode trabalhar para que o projeto não ultrapasse do budget disponível. Um ponto interessante é que você também pode definir se permite trabalho manual (esboços ou desenhos, por exemplo, para jobs de design ou ilustração). O seu cartão de crédito é cobrado toda segunda-feira.

Bom, tem programador especializado em magento, tem community manager com habilidades em wordpress, tem profissionais (muitos indianos, principalmente) focados em SEO, tem tradutores, webdesigner especializado em programas de educação, desenvolvedores de apps…Enfim, tem muita coisa!

Se você precisar de ajuda, o oDesk possui profissionais de RH que podem ajudar a recrutar um prestador de serviço. Funciona assim: você compra um banco de horas de USD 100,00 adiantado (e que será revertido em contratações futuras) e eles te ajudam a selecionar e entrevistar candidatos. Ainda não usei esse serviço pois preferi eu mesma procurar candidatos para os serviços que precisei (pelo menos por enquanto).

Com os freelancers devidamente contratados, adicionei todos no Skype e fiz uma descrição detalhada do que precisava e eles começaram a trabalhar. De tempos em tempos eles me chamam para esclarecer dúvidas e algumas vezes por dia eu entro no oDesk em uma seção do site chamada “Manage My Team” e acompanho o que fizeram de hora em hora no “Work Diary” de cada um.

Sugiro pedir muitas referências de trabalho e colocar um limite semanal baixo para testar a qualidade do profissional antes de contratá-lo!

Com soluções como oDesk podemos ser cada vez mais móveis. Posso trabalhar da Califórnia, ter meu escritório no Rio de Janeiro e contratar freelancers de vários fusos diferentes para que tenha sempre tarefas sendo executadas.  Ser móvel requer estratégia e gerenciamento eficientes. Isso tudo pode ser relacionado ao conceito de “lifestyle design” que o livro “The 4 hour Work Week“fala bastante. Trata-se de um best-seller que li recentemente por indicação do meu marido e, apesar de termos muitas ressalvas quanto ao livro e sobre o conceito em geral, se conseguirmos extrair a ideia principal e trabalhá-la melhor individualmente, podemos tirar um bom ensinamento: o de que somos cada vez mais móveis e, com isso, podemos construir a nossa vida de forma que não precisemos esperar 65 anos para nos aposentarmos. É possível tirarmos “mini aposentadorias” ao longo de nossa carreira e é possível construirmos uma rotina mais flexível sem comprometer a qualidade e produtividade do nosso trabalho. As ferramentas estão aí (se não, estão podemos criá-las), é só sabermos usar, negociando e estruturando melhor o tempo.  Todo mundo pode rever e melhorar o seu “lifestyle design” e você não precisa ser empreendedor de internet para isso.

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Fazendo negócios no século XXI

Através de uma plataforma online chamada Meetup (que promove encontros de diversos grupos para discussão de interesses comuns), comecei a participar de eventos do Hackers and Founders, que é a maior comunidade de fundadores de empresas de tecnologia no Vale do Silício.

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O meu primeiro encontro foi um almoço organizado pelo H/F junto com uma start-up chamada Wednesdays, que também promove esse mesmo formato de encontros de pessoas com interesses comuns, porém através de almoços às quartas-feiras. Bom, o interesse comum aqui era literalmente unir as tribos hackers e founders. O resto simplesmente acontece naturalmente. E foi exatamente o que aconteceu.

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Ao meu lado direito, sentou-se um holandês que está trabalhando em uma ferramenta de vendas super robusta que pode ser acoplada ao salesforce. Bem objetivo, focado e com um negócio aparentemente bem estruturado.

Ao meu lado esquerdo, sentou-se um empreendedor cujo day job é o de funcionário de uma organização que promove empreendedorismo em comunidades que enfrentam ou enfretaram algum desastre ou dificuldade. À noite, o trabalho é outro: ele está desenvolvendo, junto com dois outros programadores, uma rede social baseada em interesses, ou seja, as pessoas ficariam amigas a partir de um gosto comum por shows de rock, pelo seu time de futebol ou por praias no sudeste brasileiro, por exemplo. O lançamento será em duas semanas e, portanto, o clima é de tensão, pois já estão trabalhando nesse projeto há mais de um ano.

Uma outra pessoa bem interessante que conheci está trabalhando em uma plataforma parecida com o Linkedin, porém, focada na geração Y (ou geração do milênio). As taxas de desemprego estão altas, segundo ela, e um trabalho mais focado é o que os jovens precisam ao sair do MBA ou de uma pós-graduação para encontrar o trabalho certo.

Interessante troca de ideias durante um almoço em um restaurante grego em Mountain View. Após o evento você pode mandar suas impressões para o duo Hackers and Founders / Wednesdays e ainda dizer com quem você trocou mais ideias. No próximo encontro, eles tentarão colocar pessoas com perfis mais interessantes para você na sua mesa ou mesmo sugerir almoços individuais com elas, para que possam desenvolver o assunto iniciado no Wednesdays.

Trata-se de um bom exemplo de como uma ferramenta tecnológica pode ajudar a aproximar pessoas com interesses comuns. Os encontros e a troca continuam pessoais!

Ah, e o almoço custa sempre entre USD 15 e USD 20. Você informa o número do cartão ao RSVP, mas só é cobrado quando o evento estiver próximo.

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Esse será o próximo evento, em Palo Alto.

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Boas ideias!

Com o crescimento da economia colaborativa, o mundo todo começa a refletir sobre os prós e contras do consumo desenfreado e sobre os efeitos colaterais que ele provoca nas pessoas. As campanhas de marketing preocupam-se com metas de vendas e não com o efeito que aquela determinada aquisição vai desencadear em cada um. Angústia, ansiedade, falta de espaço….Bom, isso não é problema de quem vendeu, mas de quem comprou!

O novo mantra é “posse, em última instância”.

Dois exemplos interessantes (o primeiro divulgado no “Shareable”) mostram como em diversas partes do globo as pessoas estão propondo soluções que podemos replicar em nossos países.

– Em Paris, designers da Ecole National Superieure des Arts Décoratives desenvolveram o Logement Intergénérations ou algo como Alojamento Intergeracional. A ideia é criar uma forma de unir estudantes que não possuem recursos financeiros suficientes para alugar um apartamento na cidade grande e pessoas de idade que moram sozinhas.

O processo de criação dessa dupla requer um entendimento de que suas expectativas e hábitos individuais sejam compatíveis. O time de designers elaborou cartões que propõem graficamente questões importantes, como: níveis de arrumação, fumo, presença de convidados, aniversários, feriados etc.

É claro que muitos outros fatores precisam ser levados em consideração, mas a proposta de organizar os espaços urbanos através de relações humanas é um excelente caminho.

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– Um outro exemplo muito bacana é o da empresa Sidecar. Ainda não existe no Brasil, mas trata-se, resumidamente, de um aplicativo para smartphones “facilitador” da carona, conectando pessoas que seguiriam o mesmo itinerário de carro.

Por questões de segurança, a empresa checa todos os motoristas antes da finalização do cadastro. Além disso, o sistema permite que o usuário pontue e compartilhe detalhes da corrida em tempo real. Tudo isso monitorado por GPS.

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Quem está movimentando a “Economia Colaborativa”?

We’re moving from a world where we’re organized around ownership to one organized around access to assets. Lisa Gansky

Para quem quiser conhecer e acompanhar o trabalho de organizações que promovem a “sharing economy” pelo mudo, recomendo pesquisar sobre a OuiShare, The People Who Share, Shareable e Peers.

Tive a oportunidade de conhecer o time dessa última, Peers, no pequeno evento pré-lançamento que eles fizeram em San Francisco, junto com o AirBnB.

Trata-se de uma organização “grassroots” que tem por objetivo desenvolver, dar suporte e fomentar a economia colaborativa no mundo. Nesse primeiro encontro, fundadores e colaboradores de empresas como SideCar, Farmigo, Yerdle, AirBnB, Zaarly e BoBAGS apresentaram sugestões para a estratégia de promoção do Peers. Além disso, ideias foram trocadas e formatos de parceria entre os negócios foram discutidos. Sempre tendo a economia colaborativa como pano de fundo e pensando como podemos adicionar mais valor as nossas vidas e aos nossos processos através das trocas.

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O vídeo de divulgação da primeira campanha do Peers foi exibido nesse encontro. Você já pode conferir clicando no link abaixo.

http://www.youtube.com/watch?v=UzdSKHA-FvI#action=share

Em breve falarei mais sobre essas organizações (especialmente a Peers), o que estão fazendo localmente e globalmente e como podemos participar.

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